Queimadas na BR-163:

Número de focos cai pelo segundo mês no período proibitivo

Redução identificada no trecho sob concessão da Rota do Oeste é de 36%

por GazetaMT

16 de Setembro de 2018, 07h00

Número de focos cai pelo segundo mês no período proibitivo
Número de focos cai pelo segundo mês no período proibitivo

O número de focos de incêndio ao longo do trecho sob concessão da BR-163, BR-364 e rodovia dos Imigrantes (BR-070) seguiu em queda durante o segundo mês de período proibitivo de queimadas. Entre 15 de julho e 12 de setembro de 2018, a Rota do Oeste registrou 130 ocorrências, 36% a menos que no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 203 atendimentos desta natureza. O período proibitivo teve início em 15 de julho e, após prorrogação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) nesta sexta-feira (14), encerrará em 1º de outubro. 

O diretor de Operações da Rota do Oeste, Fernando Milléo, reforça que o plano elaborado para este período segue em andamento, sempre voltado à identificação e combate aos focos de queimadas às margens da rodovia. Lembra ainda que as equipes da Concessionária estão sempre em alerta e reforça que existe um limite de atuação por parte da Rota do Oeste, uma vez que o titular nas questões relacionadas às queimadas é o Corpo de Bombeiros.

"Nosso trabalho é voltado para a segurança viária e, sempre que possível, daremos todo o apoio necessário para o Corpo de Bombeiros. Atuamos antes do período proibitivo, realizando roçada e aceiros, e depois, por meio dos trabalhos de monitoramento e combate ao fogo", explica.

Conforme o secretário executivo do Comitê do Fogo, coronel BM Paulo Barroso, a prorrogação do período proibitivo tem relação com o prognóstico de seca previsto para os próximos dias. Assim, reforça que a população deve seguir em alerta quanto à prevenção. "Também continuamos contando com o apoio dos parceiros".

Mato Grosso - Somando 8.490 focos de incêndio, Mato Grosso lidera o ranking nacional de queimadas, de acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  Se comparados os dados atuais com os registros de 2017, o Estado alcançou uma queda de 57% nas ocorrências. Em todo o Brasil, a queda é de 31%, saindo de 82.552 casos no ano passado para 56.654 em 2018.

O coronel BM Barroso destaca que mesmo com essa redução expressiva, ainda é alta a incidência de focos e todos precisam estar cientes da sua participação para mudança do cenário. Relata que a conduta humana ainda é a principal causa de queimadas.  "Um exemplo grave que tivemos recentemente foi o incêndio registrado em Santo Antônio de Leverger, na BR-364. A população da Baixada Cuiabana tem a 'cultura do fogo' (queima de lixo, terrenos baldios e árvores) e em períodos secos isso é grave", explica.

Ações - A Rota do Oeste conta com ações preventivas rotineiramente, como a formação de aceiros, roçadas, supressão vegetal e limpeza da rodovia. A Concessionária dispõe ainda de equipamentos para combate das chamas, como caminhões pipa e abafadores em todos os veículos de inspeção da rodovia, além de estrutura para acionar o Corpo de Bombeiros de forma mais célere para atendimento em ocorrências de maiores proporções.