Rede Estadual

Governo acredita na desmobilização da greve dos professores de MT

A principal reivindicação dos professores é a exigência do cumprimento da Lei que assegura a dobra do poder de compras dos salários.

por De Cuiabá-Sabryna Carvalho (com assessoria)

18 de Junho de 2019, 13h09

Governo acredita na desmobilização da greve dos professores de MT
Governo acredita na desmobilização da greve dos professores de MT

 

Após decisões do governo, em relação a greve dos professores da rede estadual de ensino, em uma semana, 50 escolas de Mato Grosso desistiram de manter a paralisação, é o que aponta dados do Estado. Ainda de acordo com informações do governo, nos últimos sete dias, boa parte das escolas estaduais que haviam aderido ao movimento grevista do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) desistiram totalmente ou em parte e retornaram às atividades. Parte da categoria está de braços cruzados desde o dia 27 de maio.

O Governo acredita que a desmobilização é resultado da sensibilidade dos professores, que conseguiram compreender a impossibilidade de o Estado conceder reajuste de 7,69% em razão da crise e dos impedimentos judiciais. Outro fator determinante, na avaliação do Estado, foram três decisões judiciais seguidas que confirmaram a legalidade da conduta do Governo.

Uma delas confirmou o dever do Estado de proceder ao corte de ponto dos grevistas; a segunda determinou que o Sintep arque com as despesas adicionais do transporte escolar; e a terceira proibiu o sindicato de impedir que alunos e professores entrem nas escolas.

O presidente do sindicato critica a postura do governo, em desacreditar no movimento grevista.  "O Governo teria que se preocupar em apresentar uma proposta para a categoria e dizer se ele vai cumprir a constituição do Estado, então a quantificação que ele traz para tentar dizer que o movimento de greve aqui está fraco não é o que resolve, e é preciso primeiro saber se quem está trabalhando é porque está satisfeito com o Executivo ou por medo. Não era esse o posicionamento que esperávamos de um governo que se diz democrático", alega Valteir.

A principal reivindicação dos professores é a exigência do cumprimento da Lei 510/2013, que assegura a dobra do poder de compras dos salários. Eles também reivindicam a convocação dos aprovados no Concurso Públicos, para ocupar vagas livres nas escolas; cronograma de reforma para escolas em condições precárias; e ainda cobram do governo aplicação de leis que asseguram recursos para a Educação. O Executivo alega a crise que o Estado enfrenta no momento, para não atender as reivindicações da categoria. O governo de Mato Grosso já estaria em descumprimento com a Lei de Responsabilidade Fiscal Federal e Estadual, devido ao estouro do limite com gasto com pessoal.