Saúde

Secretária é palestrante de workshop sobre o Novembro Azul

Marildes abordou as principais causas de mortalidade em pacientes masculinos em Rondonópolis

por GazetaMT

26 de Novembro de 2014, 11h11

Secretária é palestrante de workshop sobre o Novembro Azul
Secretária é palestrante de workshop sobre o Novembro Azul

A secretária Marildes Ferreira foi convidada pela coordenação dos cursos técnicos do Pronatec, realizados nas dependências da faculdade Anhanguera, para ser uma das palestrantes de um workshop com a temática Novembro Azul, na manhã desta terça-feira (25). Marildes abordou as principais causas de mortalidade em pacientes masculinos em Rondonópolis e tocou em um dos assuntos tabus para os homens: o exame do toque retal, principal intervenção clínica para diagnóstico do câncer de próstata.

Para exemplificar o risco das enfermidades, Marildes comparou os números que levam homens para internações e consecutivamente os óbitos gerados por elas. "Os números contabilizados por nós em 2012 e 2013 nos mostram que as principais causas de internações são, por ordem: causas externas (acidentes, suicídio e homicídio), transtornos mentais, doenças do aparelho digestivo, do aparelho respiratório, do aparelho circulatório e só então as neoplasias, que são todos os tipos de câncer. Mas quando vemos o índice de mortalidade, o aparelho circulatório vai de quinto para segundo no ranking e as neoplasias de sexta posição para terceira", alertou.

Marildes disse que o grande desafio da saúde pública nacional é fazer com que o homem entenda a importância da necessidade da prevenção e não só do tratamento curativo. "Infelizmente o percentual de homens que procuram um médico para exames de rotina, é mínimo. Por isso quando pegamos o número de hipertensão e diabetes no nosso controle nos é evidenciado que temos mais mulheres enfermas, mas quando o relatório de óbito chega vemos que morrem mais homens e isto é explicado na questão cultural. O homem não se cuida como deveria no Brasil e quando vai ao médico, na maioria das vezes, é tarde demais", pontua.

Com 212 pacientes em tratamento contra o câncer de próstata sendo acompanhados pela saúde municipal, a secretária ressaltou que este assunto precisa parar de ser apenas assunto de piada. "O PSA, que é o exame de sangue e que aponta variação de hormônios que pode indicar problemas com a próstata, definitivamente não substitui o toque. E quanto a idade ideal para fazer o exame, isto pode variar em virtude da hereditariedade. Quando há um caso na família até o segundo grau de parentesco, a idade para começar a fazer o toque não é 40 e sim 35 anos", lembrou.

O coordenador dos cursos técnicos da Anhanguera, Zareif Dib, explicou qual o objetivo central do workshop, que ainda segue no período noturno neste dia 25. "Temos cerca de 350 alunos envolvidos nestes debates. Este pessoal está ouvindo sobre atividade física, sobre as doenças, ficando por dentro das políticas públicas e também sobre nutrição. Não tenho dúvida que eles serão multiplicadores destas informações e isto é muito importante ser difundido", analisou.