SAÚDE

Santa Casa confirma regularização dos repasses de 2018, mas calcula atrasos de 2015

Déficit geral e mudança na forma de pagamento ocasionaram rombo nos cofres, alega hospital filantrópico; UTI segue fechada

por Robson Morais

07 de Agosto de 2018, 14h40

Santa Casa confirma regularização dos repasses de 2018, mas calcula atrasos de 2015
Santa Casa confirma regularização dos repasses de 2018, mas calcula atrasos de 2015

Em nota, a Santa Casa de Rondonópolis comunicou a regularização por parte do Governo do Estado dos repasses atrasados desde o início de 2018. Quanto a reabertura da UTI pediátrica, fechada desde o dia 19 de julho, o hospital filantrópico descartou a possibilidade e disse que situação ainda não está resolvida.

O empasse continua por conta de atrasos mais antigos, segundo o hospital. Há, afirma, um "déficit geral corrente desde 2015". Outro problema apontado no comunicado se refere a duas portarias publicadas pela Secretaria Estadual de Saúde, que alterou a forma do pagamento  que custeia a UTI, ocasionando o rombo.

Cada leito de UTI custa, calcula a Santa Casa, R$ 1,8 mil dia. Deste montante, o Estado custeava pouco menos: R$1,5. Em junho de 2017, porém, com a segunda portaria, o valor do repasse baixou ainda mais e passou a ser do de R$1,3 mil. Desde a alteração até o atual momento, calcula-se um déficit superior a R$ 3 milhões.

A nota emitida não detalha os valores nem os serviços pagos pelo Estado. Pela manhã, a reportagem solicitou estas informações ao hospital. Até o fechamento desta reportagem, não tivemos retorno.

A UTI segue sem receber pacientes. A interrupção de procedimentos eletivos, também prevista, foi suspensa após intervenção do Ministério Público do Estado e da Ordem dos Advogados do Brasil.