SERVIÇO TEMPORÁRIO

Meta do comércio é contratar até 5 mil em trabalho temporário no Natal

Em todo o país, o número deve chegar a 135 mil trabalhadores segundo dados divulgados pela CNC

por GazetaMT

02 de Dezembro de 2016, 09h10

Meta do comércio é contratar até 5 mil em trabalho temporário no Natal
Meta do comércio é contratar até 5 mil em trabalho temporário no Natal

 

Cerca de cinco mil trabalhadores temporários devem ser contratados pelos lojistas mato-grossenses para atender ao aumento sazonal das vendas de fim de ano, especialmente as compras de Natal. O número é cerca de 30% maior do que registrado no ano anterior onde 3,8 mil profissionais foram contratados, conforme contou ao  o vice-presidente da CDL, Célio Fernandes. 

Em todo o país, o número deve chegar a 135 mil trabalhadores segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A temporada de oferta de vagas compreende o período que se estende de setembro a novembro, mês em que cerca de 65% das ofertas de vagas temporárias são tradicionalmente preenchidas. Caso este número se confirme, representaria um decréscimo de 2,4% no país em relação ao mesmo período do ano passado e equivaleria ao número de trabalhadores contratados para o Natal de 2012.

Entretanto Mato Grosso, mais uma vez, segue na direção contrária, pois os números, mesmo que tímidos, devem ser melhores que os registrados no Natal passado. “Existe uma expectativa favorável, otimista, na qual as contratações em Mato Grosso devem ficar acima do que foi o ano anterior. Não será um Natal morno”, garante Célio.

Quando questionado sobre o possível faturamento, o representante dos lojistas se mostra cauteloso. Explica que ainda é cedo para falar em números, mas há indícios de que sejam positivos. “Ainda estamos aguardando os acontecimentos políticos deste mês e do próximo, mas já notamos que a confiança tanto do consumidor quanto do lojista está voltando. Quando temos desconfiança, o consumidor não compra e o lojista não investe, mas o cenário está mudando”, afirma.  

Quanto à estimativa nacional, a Confederação prevê queda nas vendas, um recuo de 3,5% no varejo, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro. O recorte de Mato Grosso não foi divulgado.

Ainda segundo as previsões da CNC, os maiores volumes de contratações deverão se concentrar no segmento de vestuário (62,4 mil vagas) e no de hiper e supermercados (28,9 vagas). Além de serem os “grandes empregadores” do varejo – juntos eles representam 42% da força de trabalho do setor – esses segmentos costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas. “Mato Grosso tende a seguir nesta mesma linha”, confirma Célio.

Natal dos importados

O levantamento aponta ainda que, ao contrário de 2015, quando o real sofreu desvalorização de 47%, neste ano a expectativa é que a taxa de câmbio registre queda de 16%, o que poderá estimular importações por parte do varejo e reajustes menos intensos do que no fim do ano.

O setor supermercadista deve aproveitar o cenário fazendo estoque de produtos estrangeiros e registrar modesta queda no volume das vendas (-1,6%). Já as lojas de vestuário e acessórios deverão amargar queda anual superior a 11% no Natal de 2016.