SILÊNCIO

Em meio a reforma ministerial, Maggi evita falar sobre 2018

por GazetaMT

21 de Novembro de 2017, 07h48

Em meio a reforma ministerial, Maggi evita falar sobre 2018
Em meio a reforma ministerial, Maggi evita falar sobre 2018

Dado como certo candidato ao Senado em 2018, o atual ministro da Agricultura Blairo Maggi -PP evita falar do processo eleitoral. Prefere concentrar suas forças nas atividades junto ao presidente da República Michel Temer.

Problema é que tão frágil quanto o próprio governo é a sustentação de sua cadeira. Em Brasília, nesta semana, Maggi disse que cabe somente a Temer decidir quem fica ou sai do governo. O nome do ministro cambaleou após a abertura de investigação na operação Malebolge, da Polícia Federal.

Temer prepara uma reforma ministerial, apressada pela saída do então ministro das Cidades Bruno Araújo, do PSDB. O partido, aliás, segue dividido quanto a sair ou ficar no governo, dando esperanças ao chamado "centrão" comprado por Temer, formado por partidos menores em busca de cargos.

O novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, é nome indicado por este bloco. De volta ao ministro Maggi, a lógica é simples: "se for para ficar eu fico e seu eu tiver que sair está tudo bem" disse em Brasília ao jornalista Valdo Cruz, da GloboNews. Sobre 2018, completa: "Vou tomar um pouco mais à frente. O cargo é do presidente, e ele tem poder de nomeação e de exoneração".

Terras

Em sua coluna "Direto da Fonte", na edição da última sexta-feira (17) do jornal O Estado de S. Paulo, a jornalista Sônia Racy informa que foi relegado a terceiro plano pelo Governo Temer o projeto de lei que a Casa Civil montou com entusiasmo, no começo do ano, para flexibilizar as regras para compra e arrendamento de terras por estrangeiros.

Segundo ela, não é exatamente o setor florestal o maior empecilho para o avanço da medida desaparecida. E, sim, grandes ruralistas, principalmente Blairo Maggi .

Em junho de 2016, Maggi defendeu a venda de terras a empresas estrangeiras. Em entrevista, ele disse que a medida era defendida também pelo então presidente em exercício, Michel Temer. "A nova administração tem viés político e ideológico diferentes, e o ambiente é favorável a isso (venda de terras)", afirmou. "As terras brasileiras são brasileiras e ninguém vai levar adiante." Para Maggi, a liberação da venda de terras a estrangeiros ajudaria empresas na obtenção de crédito.