SOB PRESSÃO

Investigado, Maggi diz que só fica no Mapa para não trair agronegócio

Ele teve seu nome incluído na Operação Lava Jato, sob a acusação de ter recebido propina de R$ 12 milhões

por GazetaMT

19 de Abril de 2017, 07h33

Investigado, Maggi diz que só fica no Mapa para não trair agronegócio
Investigado, Maggi diz que só fica no Mapa para não trair agronegócio

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), afirmou na noite de ontem que não deixará o cargo neste momento para não trair o agronegócio brasileiro.

Ele teve seu nome incluído na "Operação Lava Jato" no pedido de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de ter recebido uma colaboração por meio de caixa dois de R$ 12 milhões da construtora Odebrecht na campanha eleitoral de 2006, quando foi reeleito governador de Mato Grosso.

A investigação foi solicitada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot e autorizada pelo ministro Edson Fachin.

"Pela minha simples vontade sairia. Ficar significa um enorme esforço íntimo. Não é fácil passar por uma acusação injusta. Mas tenho um setor inteiro que confia no meu trabalho e não pode ser mais afetado neste momento", disse numa resposta a revista 'Veja', cujo teor da matéria ainda não teve divulgação.

Maggi voltou a criticar as afirmações dos delatores que o acusaram de fazer parte do esquema bilionário de corrupção através do repasse para seus ex-secretários. "O depoimento do delator é inconsistente e cheio de contradições em relação a  mim", afirmou.

O senador licenciado afirmou que pretende esclarecer a situação e tem buscado dados sobre os pagamentos feitos a Odebrecht entre os anos de 2003 e 2010, quando esteve no palácio Paiaguás. "Estou no time dos políticos  que querem ver este assunto esclarecido o mais rápido possível", desabafou.