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Acusados de sequestrar e matar fazendeiros vão a julgamento

Crime ocorreu em 2012 no município em Novo Mundo e foi praticamdo por três jovens; a data do juri ainda não foi definida

por GazetaMT

11 de Abril de 2014, 18h07

Acusados de sequestrar e matar fazendeiros vão a julgamento
Acusados de sequestrar e matar fazendeiros vão a julgamento

A Justiça determinou que vão enfrentar júri popular três jovens, Rogério Pessoa Freire, Joab da Silva Pontes e Jiovani da Silva Lima, acusados de sequestrar, extorquir, roubar e executar o fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, seu filho Anderson de Lima Alfanaci e dois caseiros da Fazenda Lima, em Novo Mundo (785 km ao norte de Cuiabá).

A sentença de pronúncia foi prolatada na terça-feira (9 de abril) pelo juiz Darwin de Souza Pontes da Vara Única de Guarantã do Norte (715 km ao norte). O crime é considerado hediondo e triplamente qualificado. O sequestro causou grande comoção social na região, principalmente porque os acusados eram ex-funcionários das vítimas, bem como pelo fato de terem cobrado resgate já tendo executado as vítimas em cativeiro e pela tortura psicológica junto à viúva.

Consta na denúncia feita pelo Ministério Público que o crime ocorreu na noite de 17 de agosto de 2012. Os três jovens invadiram a fazenda das vítimas, mataram o caseiro Célio Soares da Silva e ocultaram o cadáver. Depois sequestraram pai, filho e outro funcionário, Wilson Silveira Santiago. Ao chegarem ao cativeiro, amarraram e imobilizaram as vítimas, procuraram por dinheiro e cartão de crédito e não encontraram. Em seguida executaram os três com tiros na cabeça e roubaram seus pertences, como celulares e máquina fotográfica. Posteriormente atearam fogo na caminhonete Hilux da vítima.

Cinco dias depois das execuções, os supostos bandidos começaram a fazer os primeiros contatos com a família, exigir R$ 6 milhões em resgate e ameaçar de morte a viúva e a filha dela. Eles também tentaram coagir a viúva dizendo que colocariam fogo no estabelecimento comercial da família.

Para garantir o sucesso da empreitada, eles vigiavam a casa da viúva e também mandavam mensagens do celular do jovem morto para a namorada dele. Tudo com o intuito de simular e convencer que as vítimas seqüestradas ainda estavam vivas. Uma das mensagens possuía os seguintes dizeres: "amor fala pra mãe que eu to vivo, em breve eles entram em contato com ela só depois que não tiver polícia".

Os jovens foram encontrados pela polícia antes que o resgate fosse pago. Na sentença, o juiz destaca que foi constada a materialidade e autoria dos crimes, elementos suficientes para o encaminhamento ao júri popular. O magistrado destaca ainda que os acusados confirmaram as agressões às vítimas e que a ocorrência do delito foi reforçada por testemunha. Os jovens são enquadrados em vários crimes, além de homicídio e sequestro, também respondem por extorsão e latrocínio. A data do júri ainda será marcada.