Vergonha da casa

Mato-grossense Pedro Henry senta na cadeira dos réus no julgamento do Mensalão

Acusado de participar do maior esquema de corrupção do país, o deputado Pedro Henry será julgado junto com 37 réus envolvidos no esquema

por YURI RAMIRES/ DE CUIABÁ

02 de Agosto de 2012, 12h30

Mato-grossense Pedro Henry senta na cadeira dos réus no julgamento do Mensalão
Mato-grossense Pedro Henry senta na cadeira dos réus no julgamento do Mensalão

Começa a ser julgado daqui a pouco (14 horas, horário de Brasília), pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o maior escândalo de corrupção do país. Conhecido como 'Mensalão', o caso marcou o governo Lula - 2003/2010. Entre os 38 réus do processo, destaca-se o deputado federal mato-grossense Pedro Henry. 

Aos 55 anos, o médico Pedro Henry era o líder do PP na Câmara dos Deputados na época em que surgiu o escândalo. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de participar das negociações que levaram ao repasse de R$ 3 milhões do valerioduto para o partido, além do uso da corretora Bônus Banval para distribuição do dinheiro. O parlamentar responde por crimes de formação de quadrilha, lavagem ou ocultação de dinheiro e corrupção passiva. 

Henry já teria  negado a participação em assuntos financeiros com o PT e não reconhece a origem ilegal dos valores recebidos pelo seu partido. A sessão de defesa dos réus está prevista para a quarta-feira (8), se for condenado criminalmente, ele perde o mandato. Mas a sentença não sairá logo, está prevista para sair em meados de setembro, após o voto dos 11 ministros do Supremo.

VIDA PÚBLICA 

A trajetória política de Pedro Henry é marcada por diversas ações públicas. Em 2006, ele foi julgado pela Câmara, mas foi absolvido. Já foi deputado federal por quatro mandatos, e responde por improbidade administrativa - devido sua participação na máfia das ambulâncias -, esquema que desviou dinheiro por meio de licitações fraudulentas para compra de unidades móveis de saúde.  

Já foi vice-prefeito de Cáceres, ocupou o cargo de secretário de Saúde de Mato Grosso e foi presidente da Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso, a extinta Sanemat.