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Hackers conseguem invadir rifle e alterar direção de tiro
Um sistema utilizado por forças militares de elite ganha espaço entre atiradores civis profissionais nos EUA: o "Tracking Point"
30 de Julho de 2015, 07h55
Um sistema utilizado por forças militares de elite ganha espaço entre atiradores civis profissionais nos EUA: o "Tracking Point" é um software que roda em um computador de bordo anexado em rifles e permite tiros com grande precisão graças a uma série de cálculos feitos pelo sistema digital na hora do tiro.
É aí que mora o perigo: esses dispositivos podem ser facilmente invadidos, já que grande parte dos computadores anexados nas armas estão aptos para conexões via wi-fi o que pode possibilitar até a mudança do alvo pelo hacker na hora do tiro.
O sistema "Tracking Point" permite que o atirador escolha alvo e assinale variáveis como vento, temperatura e peso da munição a ser disparada. Assim que o gatilho é disparado, o sistema adaptado na arma escolhe o momento exato para efetuar o disparo somente quando o calibre está perfeitamente posicionado para acertar o objetivo.
Na conferência hacker Black Hat, que aconteceu recentemente nos EUA, pesquisadores de segurança apresentaram técnicas que poderiam permitir que um invasor comprometesse o rifle através da conexão wi-fi e explorar suas vulnerabilidades. Como os softwares operacionais desses rifles não apresentam uma boa defesa contra invasões, já que a conexão wi-fi de armas é uma nova tendência no mercado bélico, o hacker pode comprometer variáveis de cálculo e alterar a direção do disparo.
Um vídeo divulgado no site Wired (em inglês) mostra que os pesquisadores foram capazes de alterar bastante a trajetória do disparo, mudando até o alvo atingido pelo atirador que efetuou o disparo, que é profissional. Um detalhe amedrontador é que, na visão do atirador, a mira eletrônica está no lugar certo. O hacker conseguir desviar o percurso da bala em 2,5 pés, uma falha de segurança que pode realmente colocar em risco a vida de pessoas.
Desde que as mira automáticas foram lançadas para civis em 2011, foram rapidamente adaptadas em rifles de alta precisão. Estima-se que hoje existam cerca de 1000 rifles que podem ser controlados remotamente por hackers em todo o território dos EUA.
Com informações de Olhar digital