ASSEPSIA

Juíza mantem prisão de diretores da PCE e PMs investigados em operação do GCCO

Todos foram alvos da operação deflagrada pelo GCCO na manhã desta terça-feira (18), em Cuiabá.

por Cuiabá, MT - Daffiny Delgado

18 de Junho de 2019, 16h13

Juíza mantem prisão de diretores da PCE e PMs investigados em operação do GCCO
Juíza mantem prisão de diretores da PCE e PMs investigados em operação do GCCO

Em audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (18), a juíza Ana Cristina Silva Mendes, manteve a prisão preventiva dos diretores da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Costa e Reginaldo Alves dos Santos, e dos policiais militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.

Eles foram alvos da operação Assepsia deflagrada esta manhã, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Cuiabá.

A ação investiga um esquema sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado. Na operação dois integrantes da facção Comando Vermelho que já se encontravam presos na PCE, também tiveram os mandados de prisão cumpridos na unidade.

Em sua determinação a magistrada decidiu que Revétrio e Reginaldo serão encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Já o policial militar Cleber ficará preso no 3° Batalhão da PM. E os militares Ricardo e Denizel foram encaminhados para o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Além das prisões, outras oito ordens de busca e apreensão foram cumpridas pelo GCCO. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A operação

O delegado Ferdinando Murta, do GCCO, afirmou que as investigações começaram após uma grande apreensão de celulares, registrado no dia 06 na PCE, onde mais de 80 celulares foram encontrados dentro de um freezer.

No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramento da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar o envolvimento dos investigados.

O inquérito será concluído nos próximos 10 dias. Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.

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