VIROU BRIGA

Em nova nota, Fávaro sugere que dissidentes do PSD confundem democracia com baderna

“Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária”, disse ex-vice

por Robson Morais

05 de Abril de 2018, 15h49

Em nova nota, Fávaro sugere que dissidentes do PSD confundem democracia com baderna
Em nova nota, Fávaro sugere que dissidentes do PSD confundem democracia com baderna

Em nova nota em nome do PSD -a terceira oficial somente nesta semana-, o ex-vice governador do Estado Carlos Fávaro atacou os deputados dissidentes do partido, prováveis migrantes de legenda. E fez o "convite": "Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária".

Sem citar os nomes, o comunicado enviado à imprensa foi disparado no mesmo dia em que Fávaro entregou sua carta de renúncia ao cargo de vice-governador. Pregando sua "independência" partidária, o presidente estadual do PSD tem grandes chances de conduzir a sigla à oposição encabeçada pelo atual senador Wellington Fagundes-PR. É o fim oficial do namoro Democrático com o ninho tucano do atual governador Pedro Taques.

Ontem, em um jantar promovido por Taques em sua casa, parte dos deputados do PSD, insatisfeitos com as decisões de Fávaro e em apoio ao projeto de reeleição do atual governador se reuniram com outras lideranças políticas do Estado. A troca de legenda pode ser feita até amanhã, dentro do prazo legal de abertura da chamada janela partidária.

Abaixo o comunicado:

"Diferentemente do que foi anunciado em coletiva de Imprensa realizada hoje por alguns deputados do PSD descontentes com a posição tomada pelo partido de tornar-se independente do atual governo, a executiva do Partido Social Democrático informa:

A decisão partidária foi tomada pela maioria em reunião no dia 21 de março em sua sede em Cuiabá, inclusive com a participação desses deputados. O PSD esclarece que a decisão é irreversível.  Os caminhos da legenda são e serão trilhados ouvindo a maioria. Não podemos confundir democracia com baderna. Não teremos divisão em nosso partido. Não teremos dois lados. Todos devem acatar o que a maioria decidiu. Como bem já frisamos, acabou o caciquismo no PSD. Não vamos permitir que uma minoria queira prevalecer suas ideias no grito. Queremos fazer uma nova política, baseada no respeito das decisões democráticas, que devem começar dentro de nossa própria casa: o partido.

Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária.

Viva a democracia".